A Vergonha da Arbitragem: Quando o Apito Decide o Jogo

Por Euvaldo Jorge Miranda
Olá, torcida Tricolor! Recebam meu abraço apertado e indignado após o absurdo que assistimos na partida entre o Esporte Clube Bahia e o Grêmio, neste domingo, em Porto Alegre. O que aconteceu dentro de campo ultrapassa os limites do erro humano: foi um escândalo.
O futebol brasileiro está caminhando para o descrédito mundial. Se a arbitragem seguir cometendo os mesmos equívocos — agora com o auxílio do VAR — seremos vistos como um espetáculo desorganizado, onde o resultado pode ser decidido fora das quatro linhas.
O VAR surgiu para corrigir injustiças, para amparar o árbitro em lances difíceis, rápidos, passíveis de erro. Mas o que vimos no jogo do Bahia foi muito mais grave. Foi uma demonstração clara de incompetência — ou coisa pior.
O pênalti marcado contra o Bahia foi uma invenção. O jogador do Grêmio se jogou, pisou no braço do goleiro Marcos Felipe, e mesmo assim o juiz viu o que ninguém viu: um suposto toque, um golpe, uma “interpretação” que desafiou a lógica e as imagens. O árbitro Bruno Arleu, conhecido por outros erros graves, voltou a campo depois de suspensão e cometeu mais uma lambança.
Antes mesmo do pênalti, houve uma falta clara em Everton Ribeiro no meio de campo, ignorada pelo apito. Curiosamente, em jogo recente, um lance idêntico — só que com o Flamengo — foi marcado como falta. Dois pesos, duas medidas.
O Grêmio havia reclamado da arbitragem na CBF na véspera do jogo. E, “coincidentemente”, o juiz escalado entrega a partida. É revoltante. O Bahia foi superior, dominou a partida, jogou melhor. E perdeu por conta de uma decisão escandalosa.
Claro, o Tricolor também falhou. Perdeu gols demais. David Duarte, Michel Araújo, Thaciano… todos desperdiçaram chances claras. Luxo e William José ainda não mostraram o faro de gol que precisamos. A ausência de um centroavante decisivo pesa — e como pesa. Se Gilberto estivesse nesse elenco, talvez a história fosse diferente.
Mesmo assim, a derrota não se deve à ineficiência ofensiva. O Bahia perdeu porque foi garfado.
A CBF precisa reagir. O novo presidente tem a obrigação de resgatar a credibilidade da entidade. Árbitros que erram intencionalmente — ou repetidamente — devem ser punidos com rigor. O futebol brasileiro precisa voltar a ser respeitado.
Já fomos temidos. A camisa Amarelinha já fez o mundo tremer. Com Pelé, Garrincha, Romário, Ronaldo, Cafu, Ronaldinho, éramos referência. Hoje, somos motivo de piada e vergonha, graças à desorganização, à corrupção e ao apito viciado.
Quarta-feira tem Libertadores. Que venha a justiça, que vença o futebol e que o Bahia siga firme. Porque quando entra em campo com raça, esse Esquadrão de Aço tem tudo para brilhar — desde que o juiz não jogue contra.
Um abraço indignado e esperançoso. Avante, Bahia!