Esquadrão de Aço mostra fibra na altitude e segue firme na busca pela classificação – Coluna Euvaldo Jorge
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Olá, torcida do Bahia! Hoje, mais aliviado após um jogo que prometia ser um verdadeiro teste de resistência para o nosso Esquadrão de Aço. Enfrentamos o Strongest, na altitude de La Paz, um time que há 12 anos não perdia para nenhum clube brasileiro em seu estádio. A maioria dos times brasileiros sai de lá derrotada, outros conseguem um empate, como foi o caso do Bahia.
O grupo City preparou os jogadores com maestria, mas era inevitável que alguns sofressem mais com os efeitos da altitude. No primeiro tempo, o Bahia fez por merecer um placar mais elástico, mas, contra a corrente, terminamos o primeiro tempo perdendo de 1 a 0, após um vacilo da defesa. O Strongest, acostumado com a velocidade da bola na altitude, aproveitou um contra-ataque e marcou. Mas o Esquadrão de Aço não se abateu. Continuamos pressionando, perdendo chances, até que Cauly, jogando como um verdadeiro camisa 10, fez uma jogada excepcional, chutou com firmeza, a bola desviou no zagueiro e no goleiro, e sobrou para William José, que, com sua competência de goleador, deu um carrinho providencial para emparelhar o placar.
O Strongest é um time ruim? De jeito nenhum. É um time razoável, excelente até, mas o Bahia é melhor. Eles vão vir para Salvador buscando segurar o empate e levar a decisão para os pênaltis, mas não vamos permitir. A Fonte Nova, com quase 50 mil almas, será um caldeirão de pressão. Eles não estão acostumados a ver uma torcida como a nossa, que vai fazer a diferença.
Analisando os jogadores, Gilberto tomou uma pancada e parecia que ia sair, mas segurou a bronca. Gabriel Xavier, apesar de ser um bom zagueiro, ainda mostra certa lentidão em momentos cruciais. Kanu, por outro lado, está em uma fase espetacular, e Mingotti é um jogador seguro, articulado e orientado, mas também sentiu os efeitos da altitude.
No meio-campo, Jean Lucas foi excepcional, Caio Alexandre mostrou sua classe, e Everton, enquanto teve fôlego, foi importante. No ataque, Luxa, Ademir e Eric Pulga deram trabalho à defesa adversária, mas não conseguimos finalizar as chances criadas. Ademir, em particular, perdeu uma grande chance no final do primeiro tempo, mas é compreensível, dada a dificuldade de pensar com clareza na altitude.
O Bahia mostrou a força de um time que está se reconstruindo com peças de reposição de qualidade. Yuri José e Cauly, que entraram no segundo tempo, deram mais estabilidade ao ataque e foram decisivos. A janela de transferências trouxe reforços importantes, como Rodrigo e Michel Araújo, que vão agregar ainda mais ao elenco.
Agora, é focar na Fonte Nova. Precisamos ir com tudo, com a torcida a pleno pulmão, para garantir a classificação. Tenho muita fé no esquadrão e no trabalho de Rogério Ceni, que tem montado um time competitivo e bem estruturado. Com uma equipe técnica de primeira, que cuida de todos os detalhes, desde a preparação física até a alimentação dos jogadores, o Bahia tem tudo para fazer uma grande temporada.
Agradeço também ao Everaldo, que foi importante durante sua passagem pelo Bahia, mas agora segue sua carreira no Fluminense. E ao Thaciano, que também deixou o clube, mas por um valor que não dava para recusar. Desejamos sorte a ambos.
Enfim, terça-feira é dia de guerra na Fonte Nova. Vamos com tudo, torcida! Um grande abraço a todos, e que Deus abençoe nosso Esquadrão de Aço. Bom final de semana, e nos vemos na terça, gritando pelo Bahia!
Vamos, Bahia!