Operação Overclean: Grupo marcava destruição de provas para os finais de semana
A operação, iniciada após denúncia da Controladoria-Geral da União (CGU) na Bahia, investiga uma organização criminosa envolvendo o Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (DNOCS). Entre os crimes apurados estão peculato, lavagem de dinheiro, corrupção ativa e passiva, e fraudes em licitações. Empresários, servidores e ex-dirigentes públicos estão entre os investigados.
Interceptações telefônicas e escutas ambientais revelaram que os suspeitos fazem do crime um meio de vida, com longo histórico em fraudes e desvios de recursos públicos. A investigação apontou uma operação organizada para destruir provas, coordenada por Alex Rezende Parente, líder da organização. Ordens foram dadas para triturar documentos comprometedores e apagar dados digitais, como mensagens no WhatsApp, além de substituir celulares e computadores.
As conversas captadas evidenciam consciência das ilegalidades, com menções à Operação Lava Jato como exemplo a ser evitado. A destruição de provas era planejada para finais de semana, mostrando premeditação. A investigação incluiu escutas ambientais que detalham diálogos entre Alex Parente e seu irmão, Fábio, sobre favorecimento em processos licitatórios.
Em um exemplo específico, Fábio alertou Alex sobre uma discrepância na divulgação de um certame licitatório, que envolveu empresas diferentes das previamente combinadas com os organizadores.