Crise no Planserv: Gestão Ineficiente e o Clamor por Soluções Imediatas – Por Euvaldo Jorge

Li um artigo recente do meu amigo Vitor Pinto, jornalista da Bande News, advogado e comentarista, que trouxe à tona uma importante reflexão sobre o Planserv: estamos diante de uma crise no modelo ou na gestão? Na minha opinião, o problema é fundamentalmente de gestão.

A falta de eficiência na administração do Planserv tem gerado queixas recorrentes. A dificuldade em agendar consultas em prazos razoáveis e a insatisfação generalizada entre os usuários são reflexos de uma gestão que carece de diplomacia e planejamento. É verdade que medidas passadas, como a redução da contribuição estatal de 5% para 2% durante a gestão do ex-governador Rui Costa, impactaram negativamente o plano. Apesar de um leve reajuste para 2,5% pelo atual governo de Jerônimo Rodrigues, essa contribuição ainda é insuficiente para atender às demandas do Planserv.

Além disso, a inclusão de netos dos beneficiários com uma contribuição de apenas R$ 75, valor que não cobre nem consultas pediátricas básicas, evidencia a desconexão entre os custos reais do sistema e o modelo de contribuição praticado.

O Planserv, que já foi uma referência e amplamente aceito por clínicas e médicos, hoje enfrenta uma crise de credibilidade. Os relatos de atrasos nos pagamentos e a baixa remuneração dos prestadores têm afastado profissionais e instituições de saúde, agravando a situação dos usuários.

É necessário que o governo do estado assuma uma postura firme e resolutiva. Intervenções são indispensáveis para reverter esse quadro. Um plano de saúde que atende a um contingente tão expressivo de servidores públicos não pode operar de maneira deficitária e ineficiente.

A solução passa por:

  1. Revisão da Contribuição Estatal: Aumentar a parcela do estado no custeio do plano para equilibrar as contas e assegurar sustentabilidade.
  2. Gestão Estratégica: Implementar práticas administrativas modernas e eficientes que priorizem o atendimento ágil e a qualidade dos serviços.
  3. Revisão do Modelo de Atendimento: Atualizar os valores de contribuição de forma justa e proporcional, garantindo a viabilidade financeira do atendimento aos dependentes.
  4. Transparência e Comunicação: Informar claramente à população sobre os desafios e as ações planejadas para o Planserv.

Os servidores públicos e seus dependentes merecem um plano de saúde que lhes ofereça tranquilidade e qualidade de atendimento. É imperativo que o governo reconheça a gravidade da situação e aja com responsabilidade e urgência para resgatar o prestígio e a funcionalidade do Planserv. A saúde dos baianos não pode esperar.

 

 

Euvaldo Jorge Colunista

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